O clado Bilateria inclui todos os metazoários que apresentam corpos organizados em um eixo antero-posterior (ou sagital) fazendo com que possam, em sua grande maioria, serem divididos em duas metades simétricas. Os animais bilaterais, também chamados triploblásticos (Triploblastica) apresentam três camadas embrionárias - a endoderme, a ectoderme e a mesoderme. A mesoderme é considerada uma característica exclusiva do grupo, permitindo a evolução de corpos maiores e mais complexos do que em animais não-bilaterais. Alguns grupos de animais perderam a condição bilateral nas formas adultas, como os equinodermos, os quais apresentam simetria pentarradial, e também em gastropodes (Mollusca), os quais sofrem uma torção de seus corpos durante o desenvolvimento ontogenético. Muitos animais bilaterais apresentam uma concentração de estruturas sensoriais e células nervosas na extremidade anterior do corpo, promovendo um processo de cefalização [1].
Os primeiros animais bilaterais surgiram no final do período Ediacarano, entre 555 e 542 milhões de anos atrás, com uma grande e rápida irradiação adaptativa no Cambriano. Praticamente todos os principais filos de animais bilaterais já estão presentes em registros fósseis deste período. Muito provavelmente as maiores divergências de Bilateria (Protostômios-Deuterostômios e Ecdysozoa-Spiralia) ocorreram antes da fronteira Ediacarano-Cambriano [2].
Caracteres próprios de Bilateria:
Publicado em 20/11/2024
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