A Ordem Pholidota é um dos menores clados de mamíferos placentários, incluindo apenas poucas espécies de pangolins. Atualmente são conhecidas 10 espécies diferentes de pangolins [1], todas elas pertencendo à Família Manidae [2]. Estas espécies podem ser divididas em dois grupos: os pangolins africanos e os pangolins asiáticos. Todas as espécies possuem aproximadamente as mesmas características: são animais relativamente pequenos, com caudas compridas, focinho fino, não possuem dentes e o corpo é recoberto por uma carapaça formada por inúmeros escudos.
O fóssil mais antigo conhecido de pangolim data de 45 milhões de anos atrás. São animais totalmente inofensivos e possuem o comportamento de se enrolar sobre o próprio corpo para se proteger de predadores. O seu nome é originário do termo Malaio «peng-goling» que significa «aquele que se enrola». Os pangolins são mamíferos mirmecófagos, isto é, se alimentam quase que exclusivamente de formigas e cupins. Em termos morfológicos e comportamentais, eles são muito parecidos com as nossas espécies de tamanduá, pois os pangolins também possuem grandes linguas finas e viscosas que auxiliam na captura de cupins.
Os pangolins vivem em ambientes tropicais e sub-tropicais da Africa e do Sudeste Asiático. São bons escaladores de árvores. Infelizmente todas as espécies são consideradas ameaçadas de extinção. É um dos bichos mais traficados no Mundo. Tanto em países africanos, como em países asiáticos os pangolins são caçados para o consumo de sua carne e principalmente para o comércio de suas escamas. O principal mercado de escamas de pangolins é a China. Tais escamas são procuradas para o uso medicinal. As escamas são secadas, moídas em pó e colocadas em cápsulas para o suposto tratamento de diferentes doenças. O problema é que tais escamas não passam de queratina, a mesma substância de nossas unhas. Desde 2017, o comércio internacional de pangolins foi proibido. Entretanto, mesmo com a proibição, no mesmo ano, de acordo com um artigo da National Geographic, de junho de 2019, o governo chinês fez uma apreensão de mais de 11 toneladas de escamas de pangolins [3].
Recentemente, os pangolins foram apontados como possíveis hospedeiros do coronavirus, já que a sequência do genoma da nova cepa de coronavírus separada de pangolins era 99% idêntica a de pessoas infectadas, indicando que os pangolins podem ser um hospedeiro intermediário do vírus. Porém, as suspeitas que os pangolins estivessem envolvidos na transmissão do novo coronavirus já foram descartadas.
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