O clado Odonata (nível «Ordem» na classificação tradicional) é um grupo antigo e importante de insetos alados. São conhecidas aproximadamente 5700 espécies de Odonata e as libélulas são seus representantes mais populares por serem grandes, coloridas, abundantes e são animais facilmente notados em diferentes ambientes. As libélulas são bem conhecidas desde o Triássico (201 milhões e anos) com ancestrais que remontam ao Carbonifero [1]. Uma das espécies fósseis mais conhecidas de libélula, Meganeuropsis permiana, tinha mais de 70 centimetros de envergadura e provavelmente foi o maior inseto já existente.
As libélulas podem ser facilmente identificadas e diferenciadas dos outros insetos pelo formato do corpo e das asas. Suas cabeças são quase que totalmente ocupadas por grandes olhos compostos multifacetados. Possuem pequenas antenas, quase imperceptíveis, semelhantes a cerdas. As quatro asas, grandes, membranosas e frequentemente transparentes, são constituídas de múltiplas veias formando diferentes padrões, utilizados para a identificação das espécies. O abdomen, porção final comprida e delgada do corpo das libélulas, é formado por 10 segmentos.
As libélulas são predadoras, tanto na sua fase larval como na fase adulta. Na fase larval aquática, alimenta-se de uma maior variedade de presas, desde larvas de outros insetos até pequenos peixes e girinos. As larvas apresentam um aparelho bucal único entre os insetos. Elas possuem um lábio preênsil que se dobra sob a cabeça e o tórax. O lábio é projetado para a frente através de pressão hidrostática no momento da captura de alguma presa.
Na fase adulta, capturam outros insetos em pleno voo. As libélulas adultas exibem um dos mais avançados modos de voo entre todos os animais, sendo capazes de voar rápida e agilmente, pairar no ar e voar para trás. Todas estas capacidades atreladas ao seu grande tamanho fazem com que as libélulas sejam consideradas como modelo em estudos biomecânicos sobre o voo de insetos [2].
Popularmente, as libélulas são conhecidas por vários nomes, como zig-zag, ziigue-zigue, cabra-cega, cavalinho-de-São Jorge, fura-olho e até lava-cu. No Brasil existem aproximadamente 622 espécies de Odonata distribuídas em 123 gêneros. A maior parte das pesquisas sobre o grupo foram realizadas em regiões de Mata Atlântica no Sudeste do Brasil. Apenas 29% do território brasileiro apresenta dados sobre a riqueza de Odonata [3]. Isto é preocupante, já que muitas espécies podem ser boas bioindicadoras de qualidade da água e são úteis para determinar a integridade ecológica de ecossistemas.
Publié le 20/07/2024
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