O polvo comum (Octopus vulgaris) é uma espécie cosmopolita de molusco cefalópode com grande distribuição mundial, podendo ser encontrado ao longo de praticamente toda a costa brasileira e adaptado a diferentes ambientes bentônicos. É uma das espécies de cefalópode mais estudadas. Devido a sua grande distribuição e abundância local, é uma espécie de grande interesse comercial, com alta demanda nacional e internacional. É um polvo relativamente grande, que pode atingir 140 cm de comprimento, considerando os braços. Pertence à sub-família Octopodinae e membros deste grupo possuem oito braços, duas linhas de ventosas em cada braço e um saco de tinta [1].
Geralmente os polvos são espécies semélparas, as quais apresentam um único ciclo reprodutivo ao longo da vida. Octopus vulgaris apresenta uma longevidade máxima média de 20 meses para os machos e de 17 meses para as fêmeas. A fecundidade máxima já registrada para uma fêmea de Octopus vulgaris foi de 600 mil oócitos. Os ovos maduros são relativamente pequenos, medindo 2,5 mm. No momento da desova, a fêmea prende os ovos em substratos duros em locais protegidos e cuida deles por até 30 dias até o momento da eclosão. Após este período, as fêmeas morrem de inanição, pois durante todo o período de incubação, a fêmea não se alimenta. Assim que nascem, as larvas dos polvos, chamadas especificamente de paralarvae, passam por uma fase planctônica e são transportadas por correntes marítimas, protegidas frequentemente por ilhas de sargaços, e se alimentam de minúsculos crustáceos e de outras espécies do zooplancton.
Octopus vulgaris apresenta um crescimento rápido uma vez que adota seu comportamento bentônico. Os polvos adultos são predadores generalistas e caçam ativamente uma grande variedade de peixes, moluscos, crustáceos e poliquetas.
Registro realizado em ambiente recifal, em Tamandaré, na APA Costa dos Corais.
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