O casaca-de-couro é uma ave muito comum e abundante em toda a região da Caatinga. Seu nome científico é Pseudoseisura cristata e pertence à família Furnariidae (Ordem Passeriformes). É um passarinho grande, barulhento e uma espécie conspícua em áreas abertas. Até recentemente Pseudoseisura cristata era considerada uma espécie politípica, constituída de duas sub-espécies [1]. Poucos estudos exclusivos sobre a história natural foram publicados até o momento sobre a espécie. O casaca-de-couro aparece, obviamente, por sua ampla distribuição e abundância, em todos os levantamentos de avifauna realizados na Caatinga.
Uma das peculiaridades do comportamento reprodutivo do casaca-de-couro é o tamanho do seu ninho. Os ninhos são feitos de grandes galhos e gravetos e podem medir até 1,5 metros de comprimento, podendo suportar o peso de uma pessoa. Além de gravetos, outros materiais podem ser utilizados na construção dos ninhos, como penas de outros pássaros, conchas de moluscos e fragmentos de ossos. Por sua complexidade, os ninhos de casaca-de-couro são utilizados como abrigos para outros animais, incluindo artrópodes e até pequenos mamíferos [2].
O formato do ninho de casaca-de-couro é tão vistoso que até virou música de Jackson do Pandeiro.
"Parece um arapuá
Cheio de vara e algodão
O ninho de uma casaca
Não parece ninho não
Parece mais um os parceiros
Dos «pajáu» do sertão.
Em riba do pé de turco
Tem um ninho de graveto
Tem garrancho de jurema
Tem pau branco, tem pau preto
Tem lenha que dá pra facho
Tem vara que dá espeto."
Registro realizado na Fazenda Vazante, Carnaubeira da Penha, Pernambuco.
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