As mariposas são as rainhas da camuflagem. Em vários livros de biologia, elas são o maior exemplo de adaptações morfológicas para escapar de predadores com suas cores crípticas. A maioria das mariposas passa quase totalmente despercebida em seus habitats naturais por olhares desatentos. Elas apresentam padrões de cores que fornecem camuflagem quando estão pousadas de asas abertas em sítios específicos (troncos de árvores, rochas etc).
Entretanto, as cores discretas de suas asas e semelhantes ao fundo em que as mariposas costumam pousar são apenas parte da estratégia de camuflagem. Quando pousam, as mariposas buscam uma melhor orientação do corpo para diminuir ainda mais a probabilidade de detecção visual por predadores [1]. Na realidade, o comportamento de orientação do corpo seja talvez mais crucial para a sobrevivência da mariposa do que a coloração da superfície em que está pousando, porque, mesmo que uma mariposa pouse em uma casca com uma coloração ou padrão diferente do seu, o posicionamento comportamental pode, em princípio, levar a um aumento considerável do poder de camuflagem por combinação entre os padrões de asa e fundo.
Registro realizado em Camaragibe, na APA Aldeia-Beberibe. Espécie não identificada.
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