Larva de besouro do gênero Phrixothrix (Família Phengodidae) registrada da Estação Ecológica do Tapacurá, Pernambuco, em dezembro de 2008.
Como evidenciado na foto, as larvas-trenzinho, como são popularmente conhecidas (railroad-worms, em inglês), são bioluminescentes. Ao longo do corpo da larva existem 11 pares dorsoventrais de lanternas que emitem luz verde-amarelada. Na região da cabeça existem duas lanternas, que parecem ser uma única lanterna, que emitem luz vermelha. É um dos poucos organismos que produzem luz vermelha. Estes insetos produzem a enzima luciferase que cataliza a produção de luz através de uma reação de oxidação de luciferina (um tipo de pigmento), ATP e oxigênio [1]. No caso da larva-trenzinho, a luz vermelha é produzida por causa de uma alteração de sua enzima luciferase [2].
No Brasil as larvas de Phengodidae são comumente encontradas em florestas tropicais, em solos escuros, sob troncos caídos e material vegetal em decomposição. São espécies de hábitos noturnos e ficam mais ativas na época chuvosa e em noites mais úmidas. Estas larvas são predadoras especialistas de milípedes. A bioluminescência vermelha contínua na região da cabeça de larvas do gênero Phrixothrix sugere uma função de iluminação [3]. Os sinais luminosos também podem ser um mecanismo de defesa contra predadores e informam sobre a impalatabilidade das larvas [4].
No Brasil, o Professor Vadim Viviani, da Universidade de São Carlos, Sorocaba, é um dos maiores especialistas em bioluminescência em besouros e sistemas bioluminescentes.
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