Adelophryne nordestina é uma diminuta espécie de sapo da Família Eleutherodactylidae. É considerada uma espécie endêmica do Nordeste do Brasil, mais especificamente do Centro Endemismo Pernambuco, região que engloba toda a faixa do bioma Mata Atlântica ao norte do Rio São Francisco. Esta espécie, descrita em 2021 [1], só ocorre nos estados de Alagoas, Paraíba e Pernambuco com uma distribuição estimada em 240 km2.
Adelophryne nordestina é uma espécie críptica vivendo em áreas úmidas da mata com folhiço abundante. Apesar de ser considerada uma espécie relativamente comum nos seus locais de ocorrência, é extremamente difícil encontrá-la devido ao seu pequeno tamanho e cor. Com apenas 11 milímetros e de cor marrom alaranjada, este sapinho consegue passar totalmente despercebido por olhos não treinados.
É uma espécie ativa durante o dia e o período reprodutivo aparentemente é contínuo, pois machos podem ser encontrados vocalizando em todos os meses do ano. A espécie apresenta variação de coloração dorsal, podendo ser laranja, marrom, vermelha, preta ou dourada, sempre com manchas. A região ventral é escura com pontos bancos ou azulados. As fêmeas são um pouco maiores do que os machos.
O gênero Adelophryne é representado por algumas das menores espécies conhecidas de anuros e apresentam desenvolvimento direto, não apresentando uma fase de girino de vida livre. Todo o processo de metamorfose se dá dentro do ovo. Quando eclode do ovo, o indívudo já é um pequeno sapo [2].
Registro realizado na Serra dos Cavalos, município de Caruaru, no dia 27 de novembro de 2021.
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