Spirula spirula é uma pequena espécie de lula de aproximadamente 5 centimetros, encontrada em águas tropicais e subtropicais de todos os oceanos. São animais pelágicos que vivem em profundidades relativamente elevadas, entre 500 e 1000 metros e raramente são visualizados em seus ambientes naturais. Conseqüentemente, a ecologia desta espécie na natureza permanece obscura. A espécie foi descrita originalmente por Linnaeus, em 1758, recebendo o nome de Nautilus spirula.
Entretanto, muito conhecimento sobre esta espécie de cefalópode é construído através de estudos realizados sobre a sua concha interna. Spirula spirula é um dos únicos cefalópodes que apresentam este tipo de formação interna mostrada na foto e serve de modelo para o estudo da evolução e desenvolvimento de espécies de cefalópodes fósseis, como os amonites [1]. A concha de carbonato de cálcio, em forma de espiral fracamente enrolada, lembra a figura geométrica espiral de Fibonacci. Possui 30 câmaras e é usada para controle de flutuabilidade. O volume das câmaras começa a aumentar exponencialmente a partir da oitava câmara [2]. Por causa do formato de sua concha interna, esta espécie é conhecida em inglês como Ram’s-horn squid. Em português poderia ser chamada de lula chifre de carneiro.
Spirula spirula possui uma estrutura bioluminescente (fotóforo) que emite uma luz esverdeada no topo do seu manto, provavelmente utilizada para atrair presas. Possuem grandes olhos e os machos possuem dois grandes tentáculos ventrais modificados. Alimentam-se de zooplancton, notadamente de pequenos crustáceos [3].
Esta concha foi encontrada na praia de Tamandaré, litoral sul de Pernambuco.
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