Archosauromorpha é um grupo específico de répteis que inclui tradicionalmente os crocodilianos, os pterossauros e os dinossauros (incluindo as aves). É um grupo muito diverso que engloba uma grande variedade de espécies, particularmente de dinossauros não-aves, e seus membros apresentam uma longa história evolutiva. As relações filogenéticas entre os diferentes clados que compõem os arcossauromorfos ainda são questões de debates e estudos científicos, como é o caso, por exemplo, da posição relativa de Testudines dentro do grupo. Apesar de inúmeras incertezas, existem pontos chave consensuais no mundo acadêmico.
As primeiras linhagens de Archosauromprha apresentavam um plano corpóreo muito parecido com os grandes lagartos atuais (p. ex. Teiidae, Varanidae), mas são caracterizadas por uma série de novidades evolutivas únicas em seus esqueletos que apareceram em um ancestral comum durante o Permiano ( 254 milhões de anos atrás). Grande parte das características diagnósticas do plano corpóreo de Archosauromorpha estão concentradas na coluna vertebral e estão relacionadas à elevação da cabeça acima do nível do resto do corpo e possível redução do peso das vertebras sem perda de força.
Apesar dos representantes mais antigos de Archosauromorpha serem conhecidos desde o Permiano (p. ex. Protorosaurus speneri, uma espécie fóssil encontrada originalmente na Alemanha), a grande diversificação do grupo ocorreu após um dos maiores eventos de extinção em massa da história da Terra conhecido como extinção Permo-Triássica, ocorrida por volta de 252 milhões de anos atrás. Os arcosauromorfos tornaram-se mais abundantes e se dispersaram vastamente após a estabilização climática global durante a metade do Triássico, aproximadamente 5 milhões de anos após o período da extinção em massa do Permiano, causada provavelmente por erupções vulcânicas em grandes escalas no que hoje é conhecida a região da Sibéria.
Atualmente os Archosauromorpha são representados pelos crocodilianos, as aves e os Testudines. As tartarugas aparecem no registro fóssil com uma morfologia já extremamente especializada (crânio Diapsida muito derivado e carapaça), e isto significa que diferentes estudos alcançaram interpretações conflitantes sobre as afinidades do grupo entre os répteis. Vários estudos moleculares em escala genômica realizados na última década concluíram que os Testudinos são arcossauromorfos por causa de fortes evidências que colocam o grupo mais intimamente relacionado aos arcossauros do que a qualquer outro grupo moderno de répteis.
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